sábado, 30 de abril de 2011

Ainda procurava em seus olhos vestígios de alguma dor ou arrependimento, mas não havia nada ali. Não havia nada, nenhum motivo para rir ou para chorar, havia acabado, e isso era... Não sabia o que isso era. Mesmo procurando respostas, motivos, mesmo tentando entender como tínhamos chegado até ali... Não havia mais nada, absolutamente nada, nem em seus olhos, nem em lugar algum. Não havia nem mesmo um fim.

sábado, 16 de abril de 2011

- Não, você sabe que eu não concordo. – Eu disse, tentando não expressar muitas emoções. – As coisas mudam, mas isso não é motivo o suficiente.
- É assim que eu penso. – Ele disse enquanto seu olhar se perdia em algum detalhe sombrio daquele quadro.
- Isso pode mudar muita coisa. – Eu disse, enquanto senti um nó se formar em minha garganta.
- Eu não ligo.
- E eu não ligo se você liga ou não, não ligo para o que pensa. Você pode quebrar suas promessas – o que eu tenho certeza que não fará – mas eu não quebrarei as minhas. Estamos juntos, lembra? Ficaremos juntos. Não importa quantas vezes você me magoe, não importa se agora para você tanto faz, eu não perguntei. Eu prometi. E eu estarei aqui.
- Mesmo que eu tenha me tornado a pior pessoa que você já conheceu na sua vida? – Seu olhar continuava perdido em algum detalhe sombrio. E eu não sabia o que responder.