domingo, 23 de março de 2014

Mas aí eu tava olhando fotos de uns três anos e percebi que na verdade, cresci bastante. Crescemos. Não é de todo ruim, como eventualmente a gente ouve por aí. Só que essa mania de ir crescendo e jogando em cima das possibilidades os medos, inseguranças... Ih, se não cuidar, deixa tudo muito sério. E aí perde a graça, o movimento, perde a doçura. Tirando esses entulhos de cima, lembro o que nós somos de verdade, esse brilho no olho, a brincadeira cúmplice. E que isso, meio perdido nessa caminhada estranha de crescer, seja o que talvez nos faz voltar pro lado de quem compreende isso (e que também tem o direito de se perder um pouquinho, embaixo dessas coisas estranhas). Eu espero que a gente não se perca, mais. Ou, apenas, que saibamos encontrar o caminho de volta se for necessário voltar. E não ter medo de assumir o necessário. O meu coração e meu pensamento guardam isso como tesouro. É sinônimo do vento que tem no início do outono, sinônimo do que a gente vai sentir quando ver o pôr-do-sol e as primeiras estrelas surgirem. Porque apesar de tudo, lá no fundo, tem nossos sonhos que talvez meio rachados, ainda vivem. E sorriem. Apesar de tudo, ainda somos nós, guardamos esse tesouro, um do outro.