segunda-feira, 12 de maio de 2014

E apesar de gostar de me sentir bonita, eu vou andar com o cabelo todo desgrenhado, se eu tentar, será tentativa falha de maquiagem ou penteado, e eu não vou me importar tanto assim. As unhas que crescem rápido logo me cansam e eu vou gostar de cortá-las (como também gostaria de mantê-las). Não, eu ainda não troquei minha mochila. Tá desbotada, descosturando. Mas ela deixa os pesos mais leves (literalmente, só pra esclarecer). Vou falar de assuntos estranhos, ser esquisita quando tentar ser legal. Mas eu vou me sentir incrivelmente bem. E se for chorando ou olhando pro sol, eu vou amar ver meus olhos brilhando mais ainda. Vou rir quando pensar/falar a mesma coisa que um amigo, porque amo essa sintonia. Vou me emocionar quando receber qualquer elogio ou gesto de carinho e respeito, porque já fui e talvez seja muito rude comigo mesma. Eu vou me sentir incrivelmente bem. Não me importo de reler textos antigos, deixar alguns dos meus ursinhos de pelúcia na cama ou usar anéis que não simbolizem compromisso. Mas, tudo simboliza algo. A parte boa de nós e da nossa vida que é enorme. Vou pegar o que tem de melhor em cada situação e lembrar do quão a tranquilidade é algo raro. Vou me sentir incrivelmente bem.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Eu acredito que não é errado amar. Que ver a vida com bons olhos é doce e faz bem, e que não te torna um idiota. Mas tem como explicar pra alguém? As pessoas só entendem o quanto o amor (o amor universal, maior do que o sentimento homem-mulher) é simples quando são capazes de ver nos olhos a alma de alguém, sentir as palavras que o vento traz quando um golpe frio te toca. Eles me olham feio. Eu penso no quanto perdem, porque ganho a vida a vendo com bons olhos. Dizem que é impossível, me respondem com um tom desdenhoso: não acreditam que seja viável viver com a alma aberta, deixar pra trás o que há de ruim sem simplesmente ignorar tudo que aconteceu. Tudo que existe. Enxergariam eles o quanto perdem? Mas enfim. Aqui dentro tá tudo instavelmente estável. Porque a gente evolui sem destruir o que já construiu. Aqui dentro vai ficar tudo bem, se em algum momento não estiver. Ah, eu vejo a vida com bons olhos. E a ganho assim. Ultrapasso minhas próprias barreiras quando me permito viajar: e encontro em outros olhares um bom lugar pra visitar. E eles, nem sabem.