domingo, 25 de março de 2012

"Que o convite do silêncio...

Exibe em cada olhar" Mais um texto em pedacinhos, rasguei. Não porque não era verdade, não porque não fazia sentido, rasguei porque não era justo entregar meus sentimentos à uma folha de papel e deixá-los lá, sem que ninguém pudesse sentir tudo aquilo. Mais um texto em pedacinhos, porque chega a ser ridículo colocar em um pedaço de papel o que eu queria te dizer sabendo que você não iria ler porque eu "esqueceria" de mostrar. Rasguei. Rasguei porque o que resta a falar não está nas palavras escritas, não mais. Rasguei, porque todas as respostas se encontram nos nossos olhos, nossos sorrisos confusos, naquela estrela no céu. Não pense que rasguei por não sentir mais, não pense que rasguei para me livrar, apenas rasguei. Mas continuo escrevendo continuo te escrevendo. Quando irá ler, eu não sei. Sei que um dia irá. Talvez não entenda, tampouco concorde por enquanto. Rasguei porque sempre pensei que ninguém acharia minha alma no meio dessas palavras, mas quando vi que alguém entendia ou ao menos procurava parte disso, não era justo que eu me expressasse tão mal. Mas escrevo diariamente novos textos. E tem aqueles que não me atrevo a rasgar, são todos os que guardam meus segredos e fazem o universo lembrar. Rasguei porque tudo que tenho para falar não precisa de ensaio algum, é certeiro, é concreto, e sincero. Porque o silêncio nem sempre pode ficar.Mas apesar de saber bem o que tenho a falar, continuarei escrevendo e tentando deixar cada detalhe claro.

sábado, 24 de março de 2012

Every motive escalate

É incrivelmente simples, tão simples que até pode parecer que não é percebido. Mas isso não quer dizer que não seja visto. Cada raio de sol que nos toca, cada vez que o vento nos faz arrepiar, cada som que nós faz ir para longe e cada brilho que indica algo, é como se a vida de uma maneira retorcida fosse mostrando as opções de caminho que temos para seguir. E não são caminhos retos, ao contrário, são cheios de curvas, cheios de atalhos... Cada um desses sinais que mexe com algo dentro de nós também está tentando mostrar o que importa, o que faz falta, o que não acrescenta nada, cada sinal também é capaz de mostrar que há uma força contra a qual não podemos lutar, que nos faz saber qual é a nossa lenda pessoal, a nossa verdadeira missão na terra, e há outra força que é a que nos testa o tempo todo, que torna o caminho difícil e tenta nos afastar da nossa lenda, mas quando a força de dentro é maior, mesmo com curvas e atalhos duvidosos, conseguimos.
"E quando estas pessoas se cruzam, e seus olhos se encontram, todo passado e todo futuro perdem qualquer importância, e só existe aquele momento, e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do sol foram escritas pela mesma Mão."

domingo, 18 de março de 2012

"Theres so much they hold"

Ela estava mexendo nos próprios cabelos, enquanto sorria e concordava com algo que estava sendo dito ali sem prestar muita atenção. Não sabia ao certo se estava complicando as coisas novamente ou se apenas era tão difícil assim viver algo sem complicação alguma. Mas o pensamento já estava disperso demais, murmurou algo baixo e então acordou do próprio transe. Ou apenas notou que estava dentro de um. Reconhecia de longe todos os sinais, como havia feito desde o primeiro segundo, mesmo que de alguma forma tentasse ignorar isso. E até acreditava neles, sabe? Bom, talvez não exatamente. Mas acreditava em si mesma, ou acreditava em alguma coisa estranha naquela história toda, mas sabia que acreditava. E sabia que naquilo tudo, apenas havia algo real e reconhecível, que voltava dentro dela, e sempre com mais força, cada vez que pensava estar sentindo menos.

segunda-feira, 12 de março de 2012

E o olhar que eu guardo na lembrança

O ar de mistério no fim de tarde me fez lembrar daqueles dias. Aquele vento no rosto que te toca e parece que cochicha baixinho no ouvido os infinitos segredos do mundo. O pôr-do-sol que não se deixava ser visto sem que os olhos ardessem um pouquinho e as vozes e brincadeiras que o vento trazia consigo mostravam aquela sensação e a certeza de que somos um pedacinho muito pequeno desse mundo tão grande. Eu nem precisei fechar os olhos para me ver novamente encostada na parede de casa, olhando o céu e deixando que o vento gelado cortasse minha pele, por um motivo muito simples. Minhas dúvidas, minhas certezas, meus sorrisos, meus medos, meus gritos divertidos ou desesperados e até mesmo minhas diferenças, tudo isso se encontrou. (...)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Por encontrarte en mí

Eu não sei se o sol estava forte demais, mas eu sabia que eu encarava o chão, e talvez o motivo nem fosse esse. Talvez a música nem estivesse tão alta assim, mas conseguia me levar para longe. E por mais cansada que estivesse eu tornava meus passos rápidos. "Pare de pensar" ordenei mentalmente a mim mesma. Ok, tudo isso durou um tempo considerável e uma discussão comigo mesma beeeeeem grande. Pra quê? Como se eu realmente acreditasse que resolveria lutar contra, ou pior, como se eu realmente acreditasse que queria lutar contra. Bom, tanto faz, os detalhes me provaram que não era bem isso. E se não for destino, vai ser o que? Se for coincidência, terei que admitir que andei valorizando muito pouco essa palavra. E de novo terminarei o texto com reticências, porque não importa o quanto eu escreva, não vou conseguir explicar e sempre vai dar pra escrever mais. Então...

quinta-feira, 1 de março de 2012

"Todas as pessoas que estão dentro dele (...)

não estão por acaso, são necessárias." Eu tinha muitas coisas. Coisas que eu mesma não entendia às vezes, e às vezes entendia bem demais. Eu tinha sorrisos divertidos e lágrimas traiçoeiras. E tinha um montão daqueles textos que não são bem aceitos, faltava coerência, eu me contradizia, de repente. Mas é assim... e é porque quando eu escrevia aquelas coisas, eu começava escrevendo o que vinha na mente, na cabeça, um raciocínio lento e de repente fluía o que vinha no coração. Ou às vezes, nem vinha nada. Pensei em deletar todos esses textos que não faziam tanto sentido na minha vida, que não tinham uma explicação exata, pensei em tirar todas essas coisas sem explicação da minha vida, mas eu reli... é isso que fazemos quando vamos jogar algo fora, não é? A gente olha... E eu vi que não tinha explicação, e que talvez eu precisasse parar de procurar uma explicação pra tudo, porque apesar de não ter explicação e não ter coerência, fazia muito sentido pra mim. Entender, e até muitas vezes, não entender, nos leva a amar.Outro problema com a coerência, eu disse que tinha muitas coisas? É mentira. Eu ainda tenho, e são essas coisas que de uma forma ou de outra, inexplicavelmente, eu terei para sempre.