quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sentia as pálpebras pesarem e o frio rigoroso cortar-lhe a pele apesar dos enormes cobertores que estavam sobre si. O tique taque de algum relógio estava passando despercebido, já que seu pensamento estava voltado totalmente para outras coisas. Apesar do intenso cansaço, negava-se a dormir, após muito tempo sentia de novo aquela sensação doce e leve ao fechar os olhos, não queria disperdiçá-la de modo algum. O coração batia forte, mas nada de tristezas ou angústias, era sinal de vida, sinal de viver outra vez. Deixou os olhos fecharem, mas lutou o máximo que pôde para não adormecer, apesar dos olhos fechados sentia que podia até sorrir, sem motivo algum, e não precisaria forçar como fazia há tanto tempo, não mais. Deixou-se apagar, tomada pela tranquilidade de poder viver e sonhar.

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