quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Não pergunto se foi intenso ou real, embora eu sinta às vezes essa necessidade estranha de perguntar, só nós dois podemos saber o quanto foi. E pela intensidade, também sei que não é tão fácil colocar fim a isso. Digo, não importa o que a gente faça ou o modo que escolhemos para demonstrar indiferença, continua ali por um bom tempo. Cada um daqueles detalhes que só nós dois percebíamos nos fará lembrar, e procuraremos muito por algo que nos faça esquecer. Na verdade, isso funciona por um tempo. Até que em algum momento algum dos personagens do filme que está passando na TV vai dizer uma frase que era comum entre nós dois ou então algo que queríamos ainda poder dizer um ao outro, talvez quando estivermos no meio de um grupo de amigos, nossa música vai tocar no rádio aleatoriamente (da mesma forma que antes ela parecia saber o momento em que devia tocar, enfeitar os momentos). Algumas vezes vamos nos pegar no flagra, observando o céu. Nós vamos forçar algum sorriso ou então esperar que em alguma frase indireta e amarga nosso sentimento seja um pouco amenizado, mas ainda dói. Nós tentaremos fugir, ou então seguir em frente, tentaremos um mesmo caminho que chamamos por um milhão de nomes diferentes, e apesar de tudo isso, antes de dormir, nas nossas orações e nos nossos pensamentos mais profundos, pediremos com toda a alma para que Deus possa continuar escrevendo a nossa história.

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