The far that I get away, the more that I hold on

Hoje numa conversa de início de tarde - conversa que não poderia chamar de vazia, mas corriqueira, quem sabe - percebi porque eu havia me apaixonado. Descobri assim, quando nem refletia sobre alguma questão relacionada. Apaixonar é um verbo que não gosto de usar devido a tantas definições idiotas que lhe foram atribuídas. Seria de fato o verbo correto? Porém não penso em outra palavra que possa reunir esse meu gostar, querer, admirar... Sem negar que odeio com força esses empecilhos, sem negar que odeio esses rodeios que me lotam de incertezas. Mas apesar de sempre querer as coisas do meu jeito, notei que adoro não poder cobrar nada. Adoro não dever esperar nada. E saber que no momento em que me olhar nos olhos vou reviver o milésimo de segundo onde nos descobrimos; todos aqueles segredos, mesmo não revelados, nossos velhos conhecidos. E que mesmo quando eu digo que pouco sabe de mim, reflito sobre a necessidade de saber mais. Esse olhar... Tem uma parte da minha alma nas mãos, não no sentido de poder manipulá-la, mas, tocá-la. Afinal, não seria isso?