domingo, 3 de maio de 2015
Quando o olhar se perdia em algum detalhe vago e os cabelos caíam em ondas pelos seus ombros, ela poderia facilmente ser eternizada numa pintura. Procurava qualquer detalhe que a salvasse da tristeza, daquelas lágrimas que caíam de forma estranha. Procurava qualquer história de amor que desse sentido para a vida. E sofria muito quando o encontrava apenas fora de sua vida. O coração tão aberto era vulnerável à maldade. Ela sabia. Sabia também que o tornava vulnerável à toda imperfeição humana. E que entendê-la era também saber que ela não envolve justiça.
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