quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Quando eu ouço as histórias que minha irmã conta sobre seus alunos e o brilho no olhar que as acompanha, eu entendo bem porque vale a pena ser professor. As circunstâncias, nós sabemos, não ajudam em nada. Ajudam talvez em aumentar um clima de desafio específico, nesse caso, dispensável. O desafio maior mesmo, vejo que ela já começou a resolver. Acredito que seja o de ter olhos cuidadosos para cada pessoa, não deixar que o mau humor torne ótimos alunos em bodes expiatórios, não ser o mau humor. O desafio em perceber que o valor de jovens com corações de ouro é absurdamente maior que qualquer corrupção ou intriga. Ser a professora que começa a rir lembrando das histórias, e que ao falar das más, acrescenta: nem parecem ser reais. Nunca no sentido de ignorá-las, mas olhar para elas de modo que tudo possa se resolver. E vai. Minha irmã é o tipo de professor que sinto saudades e que sempre adorei. O tipo que não desiste de tentar. E vale muito a pena.

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