sexta-feira, 27 de março de 2015

Eu sou algo entre leoa e gatinha. Algo entre o rugir e o miar. Eu sou os extremos também.
Acordo leoa: hoje sou dona de mim, e ninguém vai me dizer o que fazer, nem pra onde ir. Caminho decidida. Protejo os meus, sou a minha própria segurança. Ninguém vai levantar a voz pra mim, vou rugir. Minha juba é travesseiro, deixo que deitem aqui os que precisarem um pouquinho desse leão que tem dentro de mim. Cuido.
Então, vou dormir gatinha. Me enrolando num cobertor e pedindo carinho. Quase implorando pra que alguém me faça ronronar, porque preciso de colo, porque sou como uma gatinha miando por carinho na barriga. Soberana. E frágil.
Felina em tempo integral. Olho analisando, pedindo. Guardo as respostas. Esse território é meu, ou não me pertence. Eu fico, ou vou embora. Essa metade não pode ser minha. Tem que ser por inteiro. Tem que ser leão. Ou gatinho.

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