quinta-feira, 4 de junho de 2015

Amor, eu sou muitas coisas. Sou a expectativa pra um sábado de sol. Sou o álcool fazendo efeito no começo da festa. Sou a atenção no meio de tanta indiferença. O sentimento, a raiva, o medo, no meio de tanta indiferença. A segurança de uma vida incerta. A instabilidade de caminhos rígidos. Tu soube ser isso também, mas parece ser difícil. É difícil pra mim também. Soltar a mão de quem eu queria segurar, guiar e me guiar. Mas no meio de todos esses problemas e coisas confusas da vida, acho que tu te confundiu querendo me tirar dela. Eu não sou problema. Não nesse sentido. Amor, eu quis morrer. Eu quis me jogar na frente daquele carro e repito isso porque acho que falando, talvez a vontade saia de dentro de mim. Fiquei domingo chuvoso e solitário. Sobriedade no final da festa. E agora eu to caminhando devagarzinho e em passos pequenos pra desmontar esse cenário com peças minhas: vou ter que pegar de volta, carregar detalhe por detalhe. Eu espero que tu ainda possa se ver como eu te vejo (mas acho que vou ter que desver), pra acreditar que não vai dar tudo errado. Temos problemas. Não somos problemas. Eu quero que quando tu desça do palco, nunca mais diga que não foi bom, porque foi. Como tu tá hoje? Não sei nem como eu estou. Eu tinha parado de refletir sobre como eu estava, porque eu me sentia bem. Tu me sentia mal. Mas, amor, olhando nossas fotos e nossos olhos eu sei que tinha algo muito bom. E eu sinto tanto.

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