domingo, 29 de janeiro de 2012

"Linhas paralelas se encontram no infinito..."

"- O tempo não existe.
- O tempo existe sim, e tudo devora.
- Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
- Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
- E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
(Silêncio)
- Mas não seria natural.
- Natural é as coisas se encontrarem e se perderem.
- Natural é encontrar. Natural é perder.
- Linhas paralelas se encontram no infinito.
- O infinito não acaba. O infinito é nunca...
- Ou sempre."

sábado, 28 de janeiro de 2012

the space that's in between insane and insecure

O ar gelado tocando minha pele traz diversas recordações. O incrível é que mesmo com o passar do tempo, às vezes a sensação se repete, de forma igual e ao mesmo tempo totalmente diferente. Ainda lembro bem daquele dia e do que senti, o ar gelado cortava a minha pele e apesar de extremamente inquieta, eu me sentia feliz. A diferença, é que mesmo com incertezas, naquele dia eu sentia meu mundo mais completo, o coração de gelo ficando levemente morno e meu rosto ficar levemente corado ao refletir. Hoje o ar levemente frio tocou minha pele me deixando arrepiada, senti novamente que algo estava por vir, mas desesperador mesmo é que dessa vez eu não sabia exatamente o que era... e confesso ter sentido uma saudade grande. Não era nem uma saudade de coisas especificas, mas de certas sensações, como essa. Eu não sabia se ainda sentia e deixava passar despercebida. Naquele dia, há meses que na verdade parecem anos atrás, eu pensei por um segundo ser um momento que eu guardaria pra sempre, e hoje me surpreendo pela recordação ter sobrevivido por esses meses com tanta exatidão. Vou tentando entender essas coisas tão estranhas, mas tão significativas, que acontecem aos pouquinhos. Numa linha estranha entre medo e coragem, covardia e fé, ainda carrego comigo tantas sensações. Apesar dessa saudade que às vezes parece pesada demais para os meus ombros, é a lembrança dessas sensações tão estranhas que por vezes me dá forças para continuar.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Tem coisas que por mais que a gente pense não conseguimos resolver bem. E que quando as coisas dependem de uma resposta, a gente não pode optar entre "sim" ou não", mas temos que analisar uma longa lista de fatos. E às vezes até entendo quando os mais velhos dizem que não há como resolver ou manter algumas coisas pela internet. Uma vírgula fora do lugar, um minuto adiantado para mandar a resposta e pronto, tudo a perder. Por vezes será necessário olhar nos olhos e falar as palavras com firmeza.
Logo eu que sempre fui tão medrosa e mimada, vejo que também sou muito corajosa. Tomar decisões difíceis é algo que temos que fazer diariamente, todo o tempo. O mais difícil é tentar algo mesmo estando com medo. No final tudo é difícil, a gente vive pelo que vale a pena.
De coisas pela metade a vida está cheia, falta aquilo que completa. Sou mimada mesmo, e esse é só mais um dos meus milhões de defeitos, afinal, ninguém é perfeito. Vamos refletir sobre a cautela, e o quanto ela é importante num jogo. Agora, desejo as coisas por inteiro.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"Você lembra como chegou até aqui?"

Gosto de fechar os olhos um pouquinho, enquanto ouço ou canto baixinho aquela música, ou qualquer uma de tantas que eu considerava nossas e fico lembrando de coisas, momentos simples, palavras ditas e olhares trocados, de fato, realmente faço isso com bastante frequência. Não é falta do que fazer, nem nada do gênero. Mas sinto às vezes minha fé fraquejar, me pergunto aonde estou e me sinto perdida ao não saber responder. Sei o que quero, isso me acalma um pouco, ou às vezes me deixa mais confusa ainda.
Só que, tudo nessa vida acontece por um motivo em especial. Sonhos às vezes são irreais demais, mas agora eu revelo o meu segredo, o motivo pelo qual repito o gesto de fechar os olhos e recordar com uma frequência tão grande: sabe como fazemos para saber se estamos sonhando? Pense, você lembra como chegou até aqui? Qual foram os primeiros passos? Se você lembrar, é porque não estava sonhando, que não estava dormindo. Isso torna o "sonho" real.
Bom, ouvimos desde muito cedo que a realidade é difícil, não é mesmo? Tudo nessa vida é difícil, principalmente as coisas que valem a pena. Afinal, o tempo todo a vida nos testa, quer ver do que somos capazes, quer ver o que realmente queremos. E às vezes, é preciso recordar.

domingo, 15 de janeiro de 2012

"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia para a academia. Mas você vai ter que remar também. (...) E talvez essa viagem não dure mais que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! (...) Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena." Caio Fernando Abreu

sábado, 14 de janeiro de 2012

Letters to Juliet

Há coisas que nos marcam de uma forma muito especial. Às vezes até pensamos que conseguimos esquecê-las um pouquinho, mas na verdade apenas tentamos voltar nossa atenção para algo diferente.Sempre é uma questão de tempo. Mas e se deixarmos um grande sonho para trás? É exatamente isso que nos assombrará, duas palavrinhas pequenas, mas que quando juntas, trazem um significado pesado: e se.
Quando nos questionarmos sobre isso, quando essas duas palavras surgirem no nosso pensamento, é provável que toda a inquietação seja abafada com uma estranha frase que surge de repente "é tarde demais". Somos tão bobos que chegamos a acreditar nisso! Escolhemos coisas estranhas para acreditar, talvez seja essa a questão. Chega um ponto que escolhemos acreditar em qualquer coisa que possa esconder de nós mesmos o que o coração pede.
Muitas vezes, tudo isso faz com que de repente estejamos distribuindo por aí o que temos de pior, não é uma questão de errar, é que simplesmente existem coisas que nos deixam tão confusos, que não sabemos como lidar, mas não duvide que seja verdadeiro. Quando é verdadeiro, está sempre lá, dentro de nós, mesmo quando tentamos nos convencer de que não está ou tentamos ignorar a presença. Quando é verdadeiro sempre vale a pena. Quando é verdadeiro nunca é tarde demais.

Baseado no filme "Letters to Juliet", que conta a história de uma carta enviada a Julieta que só foi respondida 50 anos depois, e apesar de todo o tempo que se passou, “Quando se trata de amor, nunca é tarde demais”. E que mostra nas coisas simples encontramos tudo. 

domingo, 8 de janeiro de 2012

"Que coincidência é o amor..."

No início eu ainda tentei pensar que não era nada anormal, mas como eu poderia negar? Seus olhares estavam sempre lá, dentro de mim de algum lugar podia até ouvir sua voz. "Se nesse exato minuto ele não..." quem disse que eu alguma vez pude cumprir tais ameaças? Até mesmo nisso, na exatidão do minuto, as coisas aconteciam. Pouco a pouco fui aprendendo a lidar, também não posso dizer que com o tempo fui "obrigada a aceitar", seria uma total mentira, toda minha atenção e aceitação foi e continua sendo conquistada conforme segredos vão sendo revelados, ou quando alguns detalhes especiais tornam-se perceptíveis. E nas diversas vezes que as músicas tocaram no exato momento, que sua ação não apenas era como eu esperava, mas me surpreendia de um modo agradável. Ora, logo eu que sempre reclamava dos acontecimentos ou sonhava assistindo aqueles filmes bobos? Quem sou eu nesse momento para dizer que era normal? Definitivamente não é normal, é especial, por mais clichê que isso pareça, eu repito: é especial. Especial numa simplicidade fascinante,onde talvez nem tudo seja bom, mas onde nós realmente tentamos deixar tudo melhor. Eu tento, escrevo e reescrevo numa tentativa louca de conseguir explicar, mas não importa quais palavras eu use, sempre falta algo. Talvez seja sempre assim a partir do momento que se valoriza cada olhar, talvez quando começamos a valorizar cada detalhe, as palavras tornem-se muito pouco. Mas não desisto, afinal, tentar é essencial.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Às vezes coisas que nos fazem rir também podem fazer com que derramemos algumas lágrimas. É uma ordem um pouco anormal, que faz algumas pessoas desistirem e outras serem consideradas masoquistas. Bom, de fato, é meio estranho. Mas depende do que será mais valorizado, os sorrisos ou as lágrimas? Penso às vezes que Deus coloca alguns obstáculos no caminho para termos a certeza de que realmente queremos algo. E embora seja muito difícil apostar todas as nossas fichas em algo que não temos certeza de como vai ser e se vai ser, é um risco a se correr.

domingo, 1 de janeiro de 2012

"O homem é assombrado pela vastidão da eternidade. Então, perguntamos a nós mesmos: irão nossos atos ecoar através dos séculos? Muito tempo depois que tivermos partido, vão ouvir nossos nome, vão querer saber quem éramos, com que coragem lutamos, o quanto amamos intensamente?"